FICHA
Título: O tempo que resta (Original em francês: "Le temps qui reste")
Origem: França
Linguagem: Francês
Ano: 2005
Duração: 81 minutos
Argumento: François Ozon
Realização: François Ozon
Intérpretes: Melvil Poupaud, Jeanne Moureau, Valeria Bruni Tedeschi, Daniel Duval, Marie Rivière e Christian Sengewald
SINOPSE
Roman é um bem sucedido fotógrafo, que descobre que tem um cancro terminal. Sabendo das reduzidas possibilidades de cura, recusa qualquer tratamento e enfrentando o sofrimento e a solidão, decide morrer em paz consigo e com os outros. Até que ponto conseguirá ?
TRAILER
CRÍTICA
François Ozon, volta aos temas recorrentes do amor, da vida e da morte, sem tabus, sem concessões.
A certeza de uma morte próxima, empurra Roman (Melvil Poupaud) para a essência da vida que lhe falta viver.
O tempo que resta, é antes de mais, um quotidiano de sofrimento. Mas é também, uma oportunidade para fazer a paz interna e externa. Um período para reconciliações e despedidas. Um tempo para transmitir espírito e vida e um legado para o futuro. Uma pausa para captar no momento preciso de uma foto, o sentido da vida.
Tudo isto, nos é revelado de forma sublime, pelo olhar sensível de Ozon, um analista por excelência do comportamento humano.
Este é um cinema provocador, no sentido em que desafia preconceitos e desmonta artificialismos, sobre o fim da vida.
Um cinema que não foge aos temas politicamente incorretos, sendo subtil e bonita a forma como são abordados. Este é um fime em que a personagem principal é gay, em que há cenas quotidianas que não podem deixar de retratar essa realidade, mas não é um filme sobre homossexualidade e essa é uma das suas grandes virtudes, a completa irrelevância da orientação sexual, embora haja cenas de forte conteúdo sexual.
Este filme é uma meditação sobre os limites e fragilidades da existência humana e a solidão extrema do fim da vida.Neste contexto, a cena final é deveras emblemática do que significa morrer na sociedade moderna.
Nota: ****
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