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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

SEIS SESSÕES

 
FICHA
Título: Seis sessões (original: "The sessions")
Origem: EUA
Ano: 2012
Duração: 95 minutos
Género: Drama
Realização: Ben Lewin
Argumento: Ben Lewin, baseado no ensaio do jornalista e poeta Mark O'Brien, "On Seeing a Sex Surrogate", publicado no "The Sun Magazine", em 1990.
Intérpretes: John Hawkes, Helen Hunt e William H. Macy

SINOPSE
Mark O'Brien, jornalista e poeta, com grave deficiência motora, resultante de Poliomielite, contraída aos seis anos, dependente da ajuda de outros e de respiração artificial, decide perder a virgindade, recorrendo a uma "substituta sexual", contando para o efeito com o apoio espiritual de um padre.

TRAILER


CRÍTICA
O realizador Ben Lewin, australiano de origem polaca, inspirou-se na sua própria deficiência motora, resultante de Poliomielite, mas também no caso mais extremo de Mark O'Brien, jornalista e poeta americano, que morreu em 1999, com 50 anos.
O caso de Mark O´Brien, já tinha sido objecto de atenção em Hollywood, através da curta documental, realizado por Jessica Yu, "Breathing Lessons: The Life and Work of Mark O'Brien", de 1996, a qual foi galardoada com um Oscar em 1997.
Filmes sobre os dramas dos deficientes, saem de Hollywood e similares, às paletes.
A temática do sexo, na deficiência motora, é que é mais rara. Mas mesmo assim, convém lembrar entre outros, o filme de Oliver Stone, de 1989, com Tom Cruise, "Nascido a 4 de Julho", que aborda superficialmente o tema.
Um filme, no mínimo estranho, sobre o sexo nas pessoas com deficiência física profunda.
Em certos aspectos, roça a ficção científica.
Não tanto na plausibilidade do acto em si, mas na envolvência afectiva que aqui é de 5 estrelas, não faltando o apoio espiritual de um padre católico progressista, para já não falar no amor imenso que o pobre diabo concita à sua volta...
Progressismos e modernismos à parte, o filme desenrola-se de forma pouco convencional, ao desviar o foco da superação das limitações físicas, já muito batido em melodramas de Domingo à tarde, e elevando espiritualmente o sexo, desta forma, ganhando sentido a figura simbólica de um "guardião espiritual", como o padre. A exposição reiterada do corpo feminino perfeito, todo oposto ao masculino inerte (com uma excepção nuclear, parece...), é mais um elemento, que introduz, de forma natural, matizes espirituais e o componente amoroso na narrativa.
Nomeado para um Oscar (Helen Hunt, como actriz secundária, ela que já ganhou como actriz principal, no "Melhor é impossível !" de 1997, de James L. Brooks).
Excelente performance de John Hawkes, aqui como actor principal, ele que é sobretudo um secundário (Despojos de Inverno, Lincoln). Menos conhecida é a sua faceta de músico, ele que já emprestou a sua voz aos portuenses Lulla Bye, em "Gone and we dance" (2007).

Nota: **
 

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