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sexta-feira, 19 de abril de 2013

☑ FANNY E ALEXANDRE, de Ingmar Bergman

Crianças e máscaras
FICHA
Título em português: Fanny e Alexandre
Título original em sueco: Fanny och Alexander
Ano: 1982
Origem: Suécia
Linguagem: Sueco
Duração: 188 minutos e 312 minutos (Director's cut ou versão da TV sueca)
Género: Drama familiar
Mood: variável, da alegria à depressão.
Cinematografia: Sven Nykvist
Argumento: Ingmar Bergman
Realização: Ingmar Bergman
Intérpretes: Ewa Froling, Alan Edwall, Jarl Kulle, Borje Ahlstedt, Gun Walgren, Jan Malmsjo, Bertil Guve e Pernilla Allwin.

SINOPSE
Após a morte do dono de um teatro, a viúva casa com um Bispo Anglicano, e desta forma torna penosa a vida dos seus dois  filhos.

TRAILER

 

CRÍTICA
Este era o filme de despedida de Bergman, mas depois dele seguiram-se  mais 16 filmes !
Um filme assumidamente autobiográfico, não se resumindo à sua infância, vivida de facto, sob a férrea disciplina de um alto dignatário da Igreja Anglicana, na sua Uppsala natal, de resto também ela personagem, mas desdobrando-se igualmente em várias personagens adultas, que espelham cada uma delas várias marcas pessoais do realizador.
O tom geral, é portanto a um só tempo,  solitário e fraterno, realista e mágico, doce e amargo.
Neste jogo de máscaras, o teatro e a fábula são omnipresentes, sendo-nos a pouco e pouco, revelado o destino das personagens reais e imaginárias pelos olhos pueris  de Alexandre, a criança Bergman.
Um argumento que se vai definindo e  encorpando nas complexas relações familiares e progressivamente filtrada pela imaginação fervilhante das crianças, através da qual realidade e ficção são plasmadas na tela.
Uma cinematografia de contrastes, captada  na envolvência ampla quente e sumptuosa  da família Ekdahl e no seu oposto austero e gélido da residência eclesiástica.  
Um filme de singelas  ressonâncias filosóficas, que não se resolve nem extingue num final que anuncia para o futuro, a permanência inelutável dos fantasmas, no cinema de Bergman.

Nota:****  
 

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