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sábado, 16 de novembro de 2013

TRILOGIA DA SOLIDÃO, de Roberto Rossellini

Roberto Rossellini (1906-1977), foi um dos principais artífices do movimento  neorrealista 
no cinema italiano, que atingiu a sua máxima expressão com a trilogia da guerra - "Roma cidade aberta"  (1945),  "Alemanha ano zero" (1948) e "Libertação (Paisà)" (1948). A partir de 1950, inicia uma nova fase da sua carreira, para o bem e para o mal,  associada a Ingrid Bergman, a refulgente estrela de "Casablanca" e um dos adorados ícones de Hollywood, com quem se vem a envolver, contra a moral e os bons costumes vigentes e perante a  puritana reprovação da América. Com os três filmes, que se englobam hoje na chamada trilogia da solidão (Trilogia della solitude, no original), o realizador distancia-se um pouco da análise social, em direção a um cinema de cariz eminentemente psicológico, centrado na solidão do indivíduo e na sua dimensão espiritual. Se  antes predominava o vector coletivo e a lógica da História preenchia o lugar vazio de um Deus  dispensável, agora sobressai a especificidade e a singularidade da pessoa humana, com os seus problemas existenciais e a sua abertura à transcendência e ao divino, em tensão dialética com um meio físico e social, rígido e hermético, inclusive nas  manifestações da sua imanente  religiosidade.
Os três filmes da trilogia ("Stromboli", "Europa 51" e "Viagem em Itália"), não têm só Rossellini e Ingrid Bergman em comum. Em todos eles, o argumento gira em torno de uma mulher estrangeira, casada, que se torna desencantada com o seu estilo de vida e decide empreender instintiva e corajosamente a mudança dos pressupostos da sua existência pessoal.
(Se isto não é falar de Ingrid e de Roberto, bem que parece...)
Já não é tanto a reflexão sobre a mudança num grupo ou sociedade, que interessa ao realizador, mas agora o fulcro é colocado bem no âmago da existência humana e na sua aspiração de realização e felicidade pessoal.
Esta evolução do cinema de Rossellini não foi bem vista pelos tradicionalistas do neorrealismo, que não apreciaram a deriva temática nem algumas inovações formais, como a subalternização do plano-sequência, tão caro ao realizador, face à montagem alternada, mais ao gosto das convenções de Hollywood. Não obstante as críticas, esta fase da carreira de Rossellini, que sublinhe-se marca uma etapa e não a negação da sua arte e carismas primordiais, constitui em muitos aspetos um salto decisivo na história do cinema, na medida que se aventura em espaços pouco explorados, deixando luminosos rastros para o futuro, não só  a nível doméstico - Antonioni, que o diga -  como noutras latitudes, sendo fonte de inspiração e um inestimável legado para a "Nova vaga" francesa, que lhe deve muito do seu estilo e substância. 

☑ STROMBOLI

"Stromboli" ou "Stromboli, terra di Dio" - Título original em italiano.
"Stromboli" - nome internacional, incluindo em Portugal.
Origem: Itália e EUA. Linguagem: Italiano & inglês.
Ano: 1950.
Realização e Argumento: Roberto Rossellini.
Com: Ingrid Bergman, Mario Vitale, Renzo Cesana e Mario Sponzo.
Cinematografia: Otello Martelli. Música: Renzo Rossellini.
Género: Drama/Melodrama.
Duração: 81 minutos (Versão inglesa, RKO's cut), 95 minutos (versão italiana), 106 minutos (Versão inglesa, Criterion Collection). Preto e branco.

Sinopse
Em Itália, no fim da II guerra mundial,  Karen, uma mulher Lituana, casa com o pescador Antonio, para escapar a um campo de refugiados.  Mas a ilha Siciliana de Stromboli, terra de Antonio, não é o que Karen esperava e ela vê-se confrontada com uma vida tão dura como a do campo de refugiados, numa terra pobre e hostil, ameaçada permanentemente por um vulcão em actividade.
                                                                                                                    


Apesar de trilhar outros territórios, de índole mais psicológica e espiritual, este filme deixa  visível, ainda que com laivos de algum revisionismo, a marca de água do neorrealismo, através do retrato cru e desencantado de uma comunidade de pescadores numa  inesquecível luta pela sobrevivência. A nuance é que eles aceitam  essa luta, como um uma fatalidade e um destino e não há aqui a consciência de uma injustiça, por imposição de forças sociais opressivas, mas em vez disso, o seu adversário é um ambiente físico adverso, exemplificado por uma desoladora ilha que guarda nas suas entranhas um vulcão ativo, a personificação do próprio inferno na terra. Quando esta comunidade  fechada e governada por um código muito rígido de valores, acolhe alguém estranho como a personagem Karen, espera dela a assimilação a esse estilo de vida, sob pena de exclusão ou de marginalização. Neste sentido a comunidade funciona como força modeladora e opressora, condicionando a liberdade individual.
E Rossellini filma admiravelmente esta tensão entre o "interior" e o "exterior",  "o novo" e o "velho", a "mudança" e a "tradição". O filme faz da  comunidade, uma personagem autónoma, no seu quotidiano vulgar e na sua labuta diária, mostrados com uma mestria inexcedível e um realismo exemplar, como na impressionante cena da pescaria do atum. A cena releva em elucidativos planos, a  incrível força do coletivo, máquina afinada, feita de gente trabalhando e suando em uníssono, como uma alma só, em contraponto ao coração solitário de Karen, que assiste a tudo isto com indisfarçável pasmo e sofrimento. Dir-se-á que Rossellini, propõe aqui uma reflexão sobre o papel da comunidade e da tradição, que na sua lógica aglutinadora e normalizadora, tende  a se sobrepor à pessoa em concreto, nas suas ânsias e projetos singulares de vida. 
Aliás, trata-se de um filme de uma densidade notável, incorporando várias camadas suscetíveis de leituras muito diversificadas. O retrato da personagem de Karen, só por si, na energia e subtileza, emprestadas por uma magnífica Ingrid Bergman, justifica o preço do "bilhete" do filme. De personalidade complexa, que com o evoluir da intriga, se vai descobrindo a si própria e nos revelando a nós expectadores, muitas vezes de forma inesperada. Ela no início, ao casar-se com António,  parece calculista e interesseira, mas depressa a astúcia se revela ingenuidade. Quando reincide na tática da sedução para obter dividendos, como na explícita abordagem ao padre, mais uma vez o tiro lhe sai pela culatra. A comunidade, com  a bênção da autoridade religiosa local, pretende impor-lhe um modelo de extrema parcimónia, subjugação e cinzentismo sofredor, que ela começa por rejeitar, fazendo obras na velha casa, donde retira sem hesitar as fotos de família de António. Com o tempo, sentindo a pressão exterior, dá indícios de alguma resignação, como no momento em que revela a sua gravidez ao marido, mas logo perante a fúria do vulcão, repensa e decide sair daquela ilha que representa para si uma prisão e uma ameaça para  a sua vida e do seu filho em gestação. E no momento da libertação da clausura em sua própria casa é já uma força da natureza e plena de energia telúrica, tal como o vulcão, que decide enfrentar. O vulcão, personagem omnipresente, é mais do que um símbolo ou uma ideia, é algo de terrível e de concreto, que está ali no meio do caminho (da vida, do casamento), um caos de fogo, pedras rolantes e gases irrespiráveis, o único caminho entre dois mundos e duas realidades opostas. 
E não nos digam que não é humano,  perante a iminência de um inferno destes, clamar por Deus, mesmo que  nunca se tenha pretendido pronunciar tal palavra ? O final é assim, a expressão suprema da fragilidade e da impotência humana e não é pelo facto da protagonista ter  invocado  o divino, que torna este filme uma capitulação ou cedência perante qualquer credo religioso. Antes pelo contrário, se alguma coisa  este filme provocador pretende demonstrar é a de que, mesmo quando imerso em aparente solidariedade humana e manifestações de religiosidade comum, é o indivíduo na essência da sua relação  consigo mesmo e na comunhão solitária com o universo, que acaba por prevalecer. 

☑ EUROPA 51
"Europa '51" - Título original e em português.
Origem: Itália. Linguagem: Italiano  (inglês na versão Criterion).
Ano: 1952.
Realização e Argumento: Roberto Rossellini.
Com: Ingrid Bergman, Alexander Knox, Ettore Giannini e Giuletta Masina.
Cinematografia: Aldo Tonti. Música: Renzo Rossellini.
Género: Drama psicológico/Melodrama.
Duração: 113 minutos. Preto e branco.

Sinopse
Irene Girard é uma socialite americana, mulher de um importante diplomata e homem de negócios em Itália. Após a morte dramática do seu filho, ela desenvolve profundo sentimento de culpa e sente-se compelida a ajudar pessoas necessitadas. Um dia ela ajuda um homem a escapar à polícia e acaba por ser presa. O marido, temendo um escândalo, devido ao envolvimento social da esposa, força a avaliação médica no sentido da insanidade o que a leva à prisão em estabelecimento psiquiátrico.


Tal como em "Stromboli", os elementos neorrealistas estão presentes, embora o fulcro da história esteja colocado no drama existencial da personagem Irene Girard e na sua busca empenhada de um sentido pleno para a sua vida, após a morte  do seu filho,  ela que exprime permanentes sentimentos de culpa, em virtude de admitir um comportamento negligente, face à atenção requerida pela criança. E é essa inconsolável culpa que funciona como catalisadora para a introspeção da personagem e no fundo para  a plena assimilação da apregoada "consciência social", que Rossellini nos apresenta como um slogan, logo na cena de abertura do filme, através do curioso diálogo entre dois idosos, numa noite de greve nos transportes.
E não querendo escamotear o contexto de uma tão sensível transformação e peregrinação interior, Rossellini mostra-nos a Roma do pós-guerra, com a miríade de problemas sociais, resultantes da deterioração das condições económicas, do desemprego e da criminalidade, que afetavam grande parte da população, dominada por sentimentos de alienação e desespero. E Rossellini vai até mais longe, metendo o ativismo político ao barulho, através das ideias e ações de um jornalista comunista e indo ao ponto de exemplificar o abismo socioeconómico que separava as classes privilegiadas da classe operária, através da evidente inadaptação de uma socialite como Irene, a braços (literalmente) com um trabalho duro, numa cena toda ela plena de crítica social  do  melhor neorrealismo, que o realizador nunca pôs de parte. E mais ainda se poderia dizer, da cruel indiferença, com que as classes pobres são vistas pelas abastadas e do menosprezo pelas ações de auxílio prestadas por Irene, consideradas subversivas e perigosas, a que se impunha pôr termo.
Europa 51 propõe uma meditação intimista, apaixonante e provocadora sobre um caminho pessoal de redenção e serviço na sociedade caótica do pós-guerra. A montagem desempenha um papel primordial neste filme que é composto da alternância de episódios noturnos e diurnos, oferecendo uma experiência de dicotomia visual que  ilustra de forma bipolar, a riqueza e a pobreza, a espiritualidade e o materialismo, a vaidade e a humildade, o egoísmo e o filantropismo.
O filme como um todo não pretende fazer análises sociais e políticas e muito menos sugerir medidas "curativas" para a sociedade "doente", ao serviço seja de que alinhamento for. Não seria necessário pôr na boca de Irene as palavras "Não sou comunista", mas Rossellini fez questão de o fazer, quanto mais não fosse, como denúncia do clima de "caça às bruxas", que tende a emergir em situações de crise como a vivida na época.
O mesmo se poderia dizer da religiosidade, que é manifesta no filme, mas nunca ligada a um credo específico, nem mesmo na emblemática cena final, em que a protagonista é apelidada de "santa" pelos membros da sua pobre família adotiva, no exato momento em que a sua real família, a abandona à sua alienante clausura. Nesta mística cena final, em que se vê a imagem de Irene, em serena contemplação, com o seu rosto iluminado, refletindo os raios de sol e enquadrada com as barras da prisão do asilo, é possível vislumbrar, por fim e apesar de todos os pesares, a redenção procurada por aquela mulher, que se mostra paradoxalmente liberta.

☑ VIAGEM EM ITÁLIA
"Viaggio in Italia" - Título original em italiano.
"Viagem em Itália" - Título em português.
Origem: Itália. Linguagem: Inglês (+). Italiano (-).
Ano: 1954.
Realização e Argumento (com Vitaliano Brancati): Roberto Rossellini. Baseado na novela "Duo" (1934), da escritora francesa Colette.
Com: Ingrid Bergman, George Sanders, Maria Mauban, Anna Proclemer e Paul Muller.
Cinematografia: Enzo Serafin. Musica: Renzo Rossellini.
Género: Drama psicológico/Melodrama.
Duração: 97 minutos. Preto e branco.

Sinopse
Katherine e Alexander, um casal de britânicos ricos e sofisticados, conduzem o seu Rolls-Royce pelas estradas de Itália, rumo a Nápoles, para tomar posse de uma propriedade herdada de um tio recentemente falecido e aproveitar o ensejo para gozar umas merecidas férias. Durante a viagem e estadia, a relação entre os dois vai arrefecendo, até ao ponto de ambos procurarem separadamente destinos e atrações díspares, nos dias de férias, ele optando pela companhia de uns amigos britânicos na vizinha ilha de Capri, ela preferindo a visita diária aos lugares históricos de Nápoles. Numa escalada de tensão e de acusações, amplificadas por revelações e  "insights" de um meio  rico em ressonâncias simbólicas e presságios, chegam ao ponto de falarem em divórcio. Será que este casal, encontrará em terra estrangeira, a direção e o destino adequados ? 


Na sua nota crítica nos "Cahiers de Cinema", Jacques Rivette refere-se a este filme como a "estrada aberta por onde doravante passaria todo o cinema contemporâneo". E mais: "este filme, faria com que todos os filmes da atualidade, parecessem ter, no mínimo, 10 anos de idade". Escritas desta forma enfática e peremptória,  as afirmações adquirem um especial relevo, para mais pela pena de um dos impulsionadores da "nouvelle vague", que na altura nem sequer era ondulação quanto mais vaga e que só apanharia a boleia,  bem lá  à frente na estrada, talvez uns cinco ou seis anos depois. E o mesmo deveria pensar Antonioni, que se não o escreveu,  pelo menos o exemplificou, dando razão ao oráculo francês, quando nos idos de 1960, se atreveu à "L'avventura".
Estamos perante um brilhante tratado sobre a conjugalidade mas não só.
O filme abre com um casal em viagem numa estreita estrada nos campos de Itália. Pelo carro de luxo apercebemo-nos logo do "status" socioeconómico deste casal e pela posição dos ocupantes, ressalta logo a sua condição de estrangeiros. Os planos do exterior do veículo, mostram no meio de um bucolismo animado, um rápido comboio, concorrendo ao longe. De resto, todo o cenário nos envolve num senso de continuidade e movimento, como se apanhássemos o filme a meio, remetendo-nos para uma história e um subtexto propositadamente fora de plano e que nos cabe reconstituir mentalmente. Ou seja, se é claro que aquele casal tem um passado - e isso é uma axioma da vida de qualquer casal, mesmo neófito - neste caso concreto tem interesse que ele se comece por se insinuar pelo seu lado oculto. E nesta sequência, faz sentido o que ela disse a certa altura, quando falou de um antigo apaixonado seu, um poeta, que teria perecido na guerra. Estava na realidade a querer "picar" o marido ali ao lado, mais do que a expressar saudades de outrem, do que ele deveria fazer para tudo ser diferente, quem sabe ele devesse instilar um pouco de fantasia poética e de paixão na relação...
A primeira metade do filme mostra o colapso progressivo da relação, quando a rotina e o tédio se impõem na realidade diária, apesar da comunicação honesta e aberta permanecer uma marca de diferença deste casal. Na segunda parte, os protagonistas optam pelo recolhimento pessoal, afastados um do outro e abertos ao meio físico que os envolve, que neste filme emerge de forma inovadora como uma personagem fulcral e dinâmica, em contraponto ao casal em crise, constituindo uma metáfora visual da energia emocional contida ( veja-se a coincidência de ter o vesúvio  ao lado da casa) e servindo de caixa de ressonância - literalmente  e se calhar não por acaso, na cena dos ecos na caverna, que reproduzem as vozes e por meio delas a protagonista sente o seu "feedback" interior. Os locais e as suas histórias (vejam-se as "catacumbas" e os "corpos" de Pompeia) , a arte e  a natureza (vejam-se as ionizações das crateras que se propagam e contagiam os espaços vizinhos), tudo tem a ver com os estados de espírito das personagens e os seus anseios e servem ao mesmo tempo de barómetro e de bússola num casamento em crise, uma espécie de psicanálise feita pela natureza.
A cena final emerge  como a síntese inacabada e não é por acaso que a religião dá a bênção a este "the end", convém não esquecer que o fim religioso, tem uma dimensão escatológica, ou seja, irá materializar-se algures num futuro para além da História e a propósito deste filme, talvez seja curial dizer "crer para ver" e não o contrário, para saber na realidade o que irá acontecer a este casal. Por agora visualizemos Katherine a ser figurativamente sugada para longe do marido, por uma onda  humana em plena comoção religiosa. E nesta  religiosidade turbulenta, feita de emoções, de promessas que se fazem, de milagres que se imploram, os membros do casal têm finalmente a consciência da dificuldade de estarem juntos e do risco de se perderem um para o outro, no fundo, assumindo que precisam um do outro e num último esforço procuram a reconciliação. Final forçado e demasiado idealista ou reconciliação resignada? Ou como já aventamos antes, um falso final, ao jeito de um milagre - veja-se que a cruz é o objetivo e o centro daquela mole humana... que, tal como o início do filme nos remetia para uma história antes da história, agora o fim, impele-nos para um fim sem data marcada e para um subtexto aberto a diversas interpretações. Até lá seja o que Deus quiser...

2 comentários:

  1. Bom mais uma vez eu devo dizer que estou pasmado com o teu trabalho.Uma boa resenha sobre o assunto.Bem documentada e bem desenvolvida.Eu sou um recente descobridor da importancia de Rossellini no cinema.Conhecia uns fragmentos e tinha visto um ou outro filme.Vi os filmes que comentas e concordo com quase tudo.Quase?Sim quase mas não sera bem uma discordancia mas umas notas.Devias citar as fontes.É util para seguir mais alem.A discussão em torno do neorealismo neste caso é "apaixonante" porque estão em causa duas concepções sobre o ato artistico e o conflito forma conteúdo.Andre Bazin tera sido em minha opinião o que mais agudamente tera intervido desta querela.Ele achava e explicava porque (tambem era cristão) ao contrario da critica de índole marxista Rossellini não teria abdicado do neorealismo e pelo contrario Europa 51 seria um filme feito com a estetica puramente neorealista independentemente da sua tematica se desviar dos padrões de critica social e soluões para a mesma que caracteriza a revoluçao tematica neo realista.Creio que do outro lado estaria um importante critico italiano:Aristarco ou qq assim como representante dessa corrente dominante(quase asfixiante diria) nos meios intelectuais da epoca.Peço desculpa pelo paleio longo e continua que vais bem.

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  2. Peço desculpas por um lapso e one disse europa 51 queria referir Viagem por Italia.

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